Manter a produtividade e rentabilidade do canavial é o objetivo de todo agricultor. No entanto, são inúmeras as adversidades que podem comprometer a plantação de cana-de-açúcar. Entre as que mais chamam atenção estão duas pragas que podem causar grandes prejuízos: o Sphenophorus levis e a cigarrinha-da-raiz (Mahanarva fimbritada).
O Sphenophorus levis é um dos que mais preocupam os produtores rurais, já que sua infestação em grande escala pode, segundo estudos da Afocapi, causar perdas de 20 a 23 toneladas de cana por hectare.
Já no caso da cigarrinha, os danos podem chegar a 7 ou 8 toneladas por hectare de cana.
Para ter ideia deste impacto, o estado de São Paulo, que hoje concentra a maior área de produção de cana do país e os melhores índices produtivos, produz em torno de 79 toneladas de cana por hectare, de acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Cana-de-açúcar: fundamental para o mundo
A cana é uma das culturas mais importantes para a economia global. Dela sai o açúcar, produto presente na vida de bilhões de pessoas, o etanol, biocombustível mais limpo em comparação ao extraído do petróleo, que movimenta uma frota de milhares de veículos e contribuiu de maneira positiva para o meio ambiente e a bioeletricidade, gerada a partir da queima do bagaço da cana em caldeiras, energia que abastece 9% da demanda do Brasil.
O Brasil tem 9,48 milhões de hectares cultivados de cana-de-açúcar, sendo o maior produtor de etanol a partir da cana do mundo. Na produção de açúcar, fica atrás apenas da Índia.
Dados da Conab apontam que, na safra 2019/2020, foram produzidas 642,7 milhões de toneladas de cana, cerca de 3,6% mais que a anterior. Desta produção, 35,3% foram destinadas para o processamento do açúcar e 64,5% para etanol.
Com papel tão importante na economia, é certo que precisa ser bem protegido para evitar perdas de produtividade que possam afetar não somente a renda do produtor, mas também a sustentabilidade da cadeia.
É importante destacar que o monitoramento e o levantamento preventivo das pragas nas plantações são importantes ferramentas, que valem ser realizadas ao longo de toda a safra da cana, com especial atenção às épocas em que o problema pode se agravar: período de seca para o bicudo, onde há ambiente favorável para maior infestação da larva, e logo após o início das chuvas em setembro para a cigarrinha, quando o clima úmido é aliado para a proliferação das ninfas.
Além disso, essas pragas diminuem a longevidade do canavial, antecipando a renovação e, consequentemente, interferindo no planejamento da condução da atividade.
O Sphenophorus levis
Esse besouro que, na fase adulta tem coloração marrom escura com manchas pretas, é difícil de ser encontrado no meio da palhada da cana exatamente por conta de seu “poder” de camuflagem.
A fêmea do besouro deposita os ovos na base da brotação da cana, e as larvas se abrigam no interior do rizoma, dificultando o controle.
Estando dentro do rizoma, a larva faz uma galeria causando danos ao tecido da planta e interrompendo, assim, o fluxo de água e nutrientes.
Com isso o perfilho da cana começa a definhar comprometendo o colmo, que pode morrer.
O monitoramento constante da plantação e o trabalho de levantamento populacional – indicado para ser feito na época seca do ano (junho a agosto), quando há um aumento de larvas -, são cruciais como medida para evitar a infestação do bicudo da cana.
A metodologia indicada consiste na abertura de covas (trincheiras) de 50 cm de largura por 50 cm de comprimento e 30 cm de profundidade, feitas nas linhas da cana, em dois pontos por hectare.
Os danos são contabilizados em porcentagem de rizomas atacados pupas. Quando a infestação atinge o índice de cerca de 30% da área de amostragem, as pesquisas recomendam para que o produtor realize o manejo de controle.
Entre os métodos indicados estão: o controle químico, com uso de inseticida, e o controle cultural, fazendo a eliminação das soqueiras.
A cigarrinha-da-raiz
Outra praga que demanda atenção especial do agricultor, a cigarrinha-da-raiz possui como características coloração distintas para macho e fêmea: ele tem cor vermelha com algumas faixas pretas longitudinais no dorso, já ela é marrom-escura.
Sua ocorrência acontece em período úmido, geralmente após as primeiras chuvas de setembro.
A fêmea coloca os ovos sobre o solo, na linha do colmo e, após a eclosão, as ninfas migram para as raízes e sugam a seiva.
A presença da ninfa na lavoura é identificada pelo aparecimento de uma espuma esbranquiçada na base da touceira da cana.
Enquanto as ninfas sugam água e nutrientes das raízes, as cigarrinhas adultas se alimentam da seiva das folhas, o que compromete o processo de fotossíntese da planta, interferindo na produção de açúcar.
Os especialistas divergem quanto ao número de pontos hectares para o monitoramento. Um dos mais utilizados orienta o agricultor direcionar em torno de 10 pontos lineares por hectare. Depois, é preciso fazer o afastamento da palha da touceira e contar o número de ninfas e adultos que encontrar.
Vale ressaltar que é importante que o trabalho de amostragem seja feito logo após o início das primeiras chuvas (setembro) e, se a contagem apresentar 3 a 4 ninfas por metro, o produtor deve realizar o controle.
É o nível de infestação que vai direcionar o trabalho de controle que deverá ser executado pelo produtor, que pode ser: por controle biológico, com uso do fungo-verde (Metarhizium anisopliae) ou controle químico, com a aplicação de inseticidas via corte de soqueiras, barra total ou pulverização aérea.
Controle de pragas: é preciso agir na hora certa
Enfrentar o Sphenophorus e a cigarrinha não é tarefa fácil, mas o produtor não está sozinho nesta jornada! Na busca por inovações para o agronegócio, a Syngenta tem como tarefa diária auxiliar o agricultor nos momentos mais desafiadores da lavoura.
Nos mecanismos de controle para estas pragas, o monitoramento e o trabalho de amostragem da população são considerados pontos-chave para indicar o melhor momento para agir.
A Syngenta, líder mundial em defensivos agrícolas, está atenta aos anseios do produtor, e tem um portfólio completo para atendê-lo em momentos que exigem assertividade e agilidade de ação.
Entre os mecanismos para o controle do Sphenophorus e da cigarrinha, a Syngenta conta com o inseticida Engeo Pleno® S, elaborado com foco para o combate dos insetos sugadores.
O Engeo Pleno® S tem ação de choque contra o Sphenophorus, com efeito residual prolongado, atuando também na eliminação das ninfas de cigarrinha.
Elaborado com a tecnologia zeon, que preserva o ingrediente ativo e controla a liberação, permite que o produto tenha maior aderência às plantas e promovendo, com uma única aplicação, o controle de duas pragas muito importantes para cana-de-açúcar.
Essa tecnologia da Syngenta, busca promover a máxima produtividade da lavoura para o produtor.
Syngenta e você: conectados dentro e fora do campo!
Deixe um comentário