O controle de pragas no milho é um grande desafio aos produtores durante todo o ciclo de desenvolvimento da cultura, podendo acarretar em sérios prejuízos de produtividade se o controle não for realizado no momento certo.
O manejo de pragas conta com diversos pilares que, juntos, trazem o controle eficiente de insetos no campo, obtendo bons resultados na lavoura, como indica o artigo “Milho: você conhece quais as técnicas que integram o MIP?”.
Diante disso, é importante também conhecermos as características das principais pragas do milho e como o programa Operação Praga Zero, da Syngenta, tem contribuído para a construção de um manejo consciente nas lavouras de milho.
As principais pragas que atacam a cultura do milho
A dinâmica populacional das pragas vem mudando com o tempo, graças à intensificação do cultivo em diversas épocas e regiões, exigindo uma atenção cada vez maior por parte dos produtores.
Além de colocar em prática o MIP (Manejo Integrado de Pragas), é importante conhecer quais são as principais pragas que atacam o milho durante as fases de desenvolvimento da cultura. Confira!
Controle de pragas iniciais
Inúmeras pragas podem comprometer o estabelecimento do estande, prejudicando o desenvolvimento saudável de plantas durante todo o restante do ciclo. O tratamento de sementes e a aplicação de inseticidas nas fases iniciais são ações que podem contribuir para o controle superior desses insetos. Conheça alguns deles:
Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus): é uma praga polífaga que ataca as plantas na região do colo. Conforme vai se desenvolvendo, o inseto perfura a planta no nível do solo, abrindo galerias que vão aumentando em largura e comprimento. À medida em que a lagarta se alimenta do colmo da planta, provoca sérios danos à cultura, como o murchamento e o secamento das folhas.
Coró (Liogenys fuscus): é na fase larval que essa praga causa os maiores danos ao milho, pois danifica as sementes e se alimenta das raízes, reduzindo a capacidade de absorção de nutrientes e resultando em plantas com mau desenvolvimento.
Percevejo-barriga-verde (Dichelops melacanthus): essa espécie pode atacar as plantas logo após a emergência da cultura, pois o inseto consegue sobreviver na entressafra, ficando sob a palhada ou até mesmo em plantas daninhas. O percevejo-barriga-verde se alimenta sugando a seiva das plantas e, nesse processo, introduz seu aparelho bucal nos tecidos, injetando toxinas que podem provocar alterações fisiológicas e comprometer o desenvolvimento do milho.
Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis): é uma praga que tem preocupado produtores nas últimas safras, devido à alta pressão identificada nas principais áreas produtivas do país. É um inseto-vetor de vírus e molicutes, que causam doenças como os enfezamentos pálido e vermelho e o raiado fino, resultando em severos danos à cultura.
Controle de pragas da parte aérea
Como já mencionado, o tratamento de sementes é uma medida importante na proteção da cultura nos estádios iniciais de desenvolvimento, entretanto, algumas pragas podem se fazer presentes durante diferentes momentos do ciclo da cultura. Nessa linha, o controle químico aliado ao monitoramento constante são essenciais para proteger as plantas e garantir que elas consigam expressar ao máximo o seu potencial produtivo.
Durante o desenvolvimento da cultura, algumas lagartas do complexo são responsáveis por atacar plantas e cartuchos de milho. Apesar de serem as mais conhecidas, outros tipos de pragas também são recorrentes. Assim, confira as principais espécies responsáveis pelos prejuízos em produtividade ao longo do ciclo da cultura.
Pulgão (Rhopalosiphum maidis): a praga permanece em colônias, em partes mais jovens das plantas como o cartucho e as gemas florais. Ao sugar a seiva, excreta um líquido açucarado nas folhas, o que favorece a formação da fumagina, impedindo a planta de realizar fotossíntese. Também pode ser transmissor do vírus do mosaico.
Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda): é uma praga com rápida reprodução e que se alimenta de diversas culturas, o que dificulta seu controle. Ataca a parte central da planta, penetrando no colmo e criando galerias que provocam um fenômeno conhecido como “coração morto”, comprometendo o cartucho do milho. Além disso, pode raspar e perfurar as folhas, prejudicando o crescimento saudável das plantas.
Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea): a mariposa oviposita nos estigmas e depois a lagarta passa a atacá-los, o que ocasiona uma severa redução na fertilização, resultando em falhas nas espigas. Também alimenta-se dos grãos, destruindo-os, além de deixar orifícios na espiga, favorecendo a entrada de microrganismos responsáveis pelo desenvolvimento de doenças.
Considerando as diferentes pragas que persistem na cultura de milho, as estratégias mais eficazes de manejo são aquelas que contemplam ações integradas de controle. Sabendo disso, a Syngenta criou o programa Operação Praga Zero, que tem como objetivo orientar produtores sobre as melhores práticas no campo, a fim de evitar possíveis perdas nas lavouras.
Operação Praga Zero: controle eficaz de pragas na lavoura
Com o cenário de pressão de pragas aumentando a cada safra e impactando os custos de produção, a Syngenta criou o programa Operação Praga Zero que, guiado pelos principais entomologistas do país, tem o objetivo de implementar ações estratégicas no campo por meio de um manejo integrado que tenha as tecnologias ideais no controle do complexo de pragas nas lavouras de milho e soja.
Sendo assim, a Operação Praga Zero foi desenvolvida para oferecer melhorias imediatas às lavouras, alertando agricultores sobre os potenciais prejuízos que poderiam enfrentar, além de aprimorar o conhecimento em torno da biologia das pragas, o que torna visível o impacto positivo da tecnologia de aplicação ao longo do processo de controle. Dessa forma, é possível contribuir para a definição de uma estratégia de manejo realmente robusta.
Segundo a professora e pesquisadora da Universidade de Rio Verde (GO), Jurema Rattes, que está à frente da Operação Praga Zero, as orientações sobre a importância do manejo e do monitoramento não podem parar.
“É importante orientar os produtores para que eles peguem a praga no momento em que ela está mais sensível, quando teremos mais sucesso no controle dessas espécies, com as ferramentas que temos disponíveis no mercado”, resumiu Jurema.
Entre as vantagens que a Operação Praga Zero oferece aos produtores rurais estão:
- Evitar perdas econômicas por conta da infestação de pragas como percevejos, cigarrinha e lagartas na cultura.
- Gerar informação sobre os níveis de infestação de pragas de cada região, para definir uma estratégia eficiente de manejo.
- Promover conteúdo relevante para produtores, por meio de visitas técnicas, materiais em mídias digitais, palestras informativas e eventos de dias de campo.
- Auxiliar na definição de uma estratégia de manejo integrada, de forma que contemple a resolução de problemas com pragas de determinada região.
Dentro desse manejo integrado, o emprego de inseticidas tem-se mostrado o caminho mais confiável na proteção das lavouras de milho contra as principais pragas que atacam a cultura do início ao fim do ciclo.
O engenheiro agrônomo Geraldo Papa, doutor em Entomologia e professor universitário da Unesp (Ilha Solteira/SP), também participa da iniciativa da Syngenta e teve a oportunidade de visitar algumas propriedades in loco, desenvolvendo um trabalho importante de manejo focado nas necessidades da região.
“Tive a oportunidade de participar do programa Operação Praga Zero na região do Mato Grosso e o objetivo era capacitar, instruir e organizar os agricultores e produtores de cada região sobre a importância do controle e os problemas do aumento populacional das pragas. As ações foram realizadas presencialmente na propriedade. Além disso, por meio de palestras, falamos sobre as perdas de produtividade e o efeito dessas pragas na qualidade dos grãos produzidos na lavoura, trazendo detalhes sobre tecnologias disponíveis e que são fundamentais para o manejo de controle de pragas junto ao monitoramento”, explicou o pesquisador.
Ainda vale ressaltar que, na hora de escolher a tecnologia mais adequada, é necessário levar em consideração a toxicidade, o efeito sobre inimigos naturais e o custo por hectare. Por isso, é imprescindível o acompanhamento de um engenheiro agrônomo para avaliar o uso correto das soluções no campo, além de seguir à risca as recomendações de dose, entre outras informações constantes na bula.
Um manejo bem realizado visa não só prevenir o surgimento de resistência da praga ao produto químico empregado, mas também realizar o controle superior e efetivo na lavoura, fazendo com que as plantas expressem seu máximo potencial produtivo.
Este é o fim da série sobre Manejo Integrado de Pragas (MIP) no milho e as principais pragas que atacam a cultura. A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
Confira a central de conteúdos Mais Agro para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo no campo.
Deixe um comentário