A produção de soja em quantidade e com qualidade é fundamental para a manutenção da lucratividade do agricultor com a lavoura. Para que isso ocorra, o produtor deve estar atento o tempo todo: desde o pré-plantio, com a correção química do solo e a melhor escolha da cultivar; ao longo do desenvolvimento da cultura, com as medidas preventivas e o monitoramento de alvos; no pós-colheita, com armazenagem correta; e, sempre, de olho nos danos que podem ser ocasionados pela soja que permanece na lavoura ou nasce após a colheita e que pode ser hospedeira de fungos que podem prejudicar a safra seguinte.
Uma das principais preocupações do agricultor na atualidade é o complexo de doenças que pode acometer a cultura da soja ao longo de todo o ciclo. As doenças podem afetar consideravelmente a produtividade da lavoura. Entre elas, a mais importante é a ferrugem asiática. O fungo causador da doença (Phakopsora pachyrhizi), no entanto, vem adquirindo resistência, o que faz do controle dele um grande desafio.
Tendo como objetivo o controle adequado de fungos, tanto o da ferrugem quanto os de outras doenças, como antracnose, oídio e DFCs (Doenças de Fim de Ciclo), a Syngenta promove o Manejo Consciente – Programa para o Manejo Correto de Doenças. A iniciativa é uma parceria da multinacional com entidades acadêmicas e pesquisadores. O programa reúne estratégias que visam a evitar a possível redução na sensibilidade dos fungos aos defensivos.
Dicas para o controle de ferrugem da soja
Leandro Bessa, gerente de Fungicidas da Syngenta, explica abaixo os dez princípios do Manejo Consciente:
1) Iniciar as aplicações de fungicidas preventivamente
A melhor forma de controlar as doenças na soja são as aplicações preventivas, por meio de dois princípios ativos: carboxamidas e estrobilurinas.
2) Usar os quatro modos de ação de fungicidas nos programas
Os quatro modos de ação são divididos em preventivos (carboxamidas e estrobilurinas) e curativos (triazóis e multissítios).
3) Aumentar a eficácia dos programas com multissítios e triazóis
A utilização de multissítios e triazóis, junto a parceiros ou protetores, aumenta a eficácia do controle a ajuda no manejo da resistência.
4) Máximo de duas aplicações de carboxamidas, com parceiros e no início do ciclo
As carboxamidas, como são preventivas, devem ser utilizadas no início do ciclo. Mais de duas aplicações de carboxamidas é uma ação prejudicial ao manejo da resistência.
5) Utilizar doses, adjuvantes e intervalos recomendados pelos fabricantes
Quando essa regra não é seguida, os resultados podem não ser adequados. Não seguir essas recomendações também pode levar ao aumento da resistência.
6) Seguir o vazio sanitário
Vazio sanitário é o período sem lavoura de soja e sem plantas voluntárias no campo. O objetivo do vazio é reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática durante a entressafra e, desta forma, atrasar a ocorrência da doença na safra. A ferrugem é uma doença biotrófica: ela precisa de um hospedeiro (planta de soja) para sobreviver. Quando o vazio é seguido, quebra-se o ciclo da doença.
7) Buscar o escape plantando na época certa
Escape significa plantar o mais cedo possível. Quanto mais cedo se planta e mais cedo se colhe, maior é a probabilidade de escapar da ferrugem.
8) Privilegiar variedade de ciclos mais curtos
A utilização de cultivares de ciclo curto segue o mesmo princípio do escape: quanto menos a soja demorar para se desenvolver e ser colhida, menor será a possibilidade de sofrer danos causados pela ferrugem e outras doenças.
9) Explorar a tolerância genética das variedades
A escolha da variedade mais adequada para cada região é fundamental para a proteção e bom desempenho da planta.
10) Usar uma tecnologia eficiente de aplicação
Para obter os melhores resultados, a utilização de defensivos deve seguir diversas regras. Entre elas está a tecnologia de aplicação, que colabora para a eficiência do defensivo.
O gerente Leandro Bessa, além de explicar os dez princípios do Manejo Consciente, também falou que para obter uma alta eficiência no controle de doenças, a Syngenta tem uma combinação de dois produtos: “Elatus (carboxamida e estrobilurina) é preventivo, para uso nas primeiras aplicações. Cypress (dois triazóis) é curativo, para uso nas últimas aplicações”.
Outro aliado é o mapa de monitoramento disponível no Portal Syngenta. É um levantamento realizado em todo o país. As informações são coletadas por engenheiros agrônomos e técnicos da Syngenta, de distribuidores e de cooperativas, além de agricultores (clientes fidelizados). Os dados geram um amplo e eficaz mapa de monitoramento, por meio do qual o produtor é alertado sobre o momento da chegada da doença na sua região, o que é fundamental para ele tomar as ações de manejo.
Deixe um comentário