A tão esperada chuva para o início do plantio da safra 20/21 da soja demorou, mas chegou em meados outubro, favorecendo os produtores que já estavam com o calendário de plantio atrasado. Apesar de em alguns locais não terem sido suficientes para aumentar a umidade do solo, sua incidência contribuiu com as lavouras.

Após o atraso no começo do plantio, as lavouras de soja em breve entrarão no início da fase reprodutiva, momento de alto risco para o ataque de pragas, entre elas, as lagartas de difícil controle, que podem proporcionar grandes prejuízos na produtividade.

Por que este é o momento de se preocupar com as lagartas da soja?

Algumas das lavouras de soja brasileiras já estão entrando na fase reprodutiva (R1). As plantas já emergiram e, até o estádio R8, o campo floresce, desenvolve as vagens e passa pelo enchimento dos grãos, até a maturação completa da planta.

Este é o período certo para o monitoramento e controle das pragas que atingem a soja, para que os danos causados, principalmente pelas lagartas, não atinja a produtividade de forma significativa.

As lagartas da soja de difícil controle, como são conhecidas, geralmente se alimentam das folhas e da estrutura reprodutiva da planta. Pela facilidade de se proliferarem, elas podem causar uma perda de até 50% da produtividade se ações de combate não forem aplicadas rapidamente.

Duas espécies estão na lista das que mais preocupam os produtores quando a soja entra na fase reprodutiva: a lagarta helicoverpa (Helicoverpa armigera) e a falsa-medideira (Chrysodeixis includens). Além disso, a Spodoptera também tem recebido uma atenção especial devido aos prejuízos causados nas últimas safras.

Conheça as características de cada lagarta e como identificá-las na lavoura:

  • Lagarta helicoverpa (Helicoverpa armigera): resistente a inseticidas e com a característica de se adaptar facilmente a vários tipos de ambientes, essa lagarta já trouxe muitos prejuízos em safras passadas, como na safra 12/13, quando os números populacionais atingiram índices nunca registrados no Cerrado e prejuízos que geraram sérios impactos econômicos aos produtores.

As larvas dessa espécie atacam as inflorescências e os frutos na hora de se alimentar e o seu ciclo dura entre 30 e 60 dias. Por isso, a helicoverpa é considerada uma lagarta de difícil controle, já que em um mesmo período de safra é possível encontrar diversas gerações dessa mesma espécie.

  • Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens): mais comum na Região Sul do país, tem a coloração verde e o seu movimento se assemelha à medição de palmos. Elas atacam as folhas e se alimentam do limbo, deixando apenas nervuras. Com isso, as hastes ficam fracas e quebradiças, e há uma grande desfolha na lavoura.

Por se esconder nas folhas do baixeiro, acaba sendo uma lagarta de difícil controle, pois é difícil de detectá-la na planta e sua população aumenta muito em poucos dias.

  • Lagarta do complexo Spodoptera (frugiperda, cosmioides e eridania): o gênero Spodoptera aparece ocasionalmente na lavoura e possui três tipos de espécies polífagas, ou seja, que têm a capacidade de ingerir várias fontes alimentares.

A Spodoptera frugiperda preocupou alguns produtores nas últimas safras pelo grande aparecimento populacional nas lavouras de soja, apesar de serem mais comuns nos campos de milho e de algodão. Essa espécie se alimenta das vagens das plantas e, por ser uma grande devoradora, traz inúmeros prejuízos na produtividade.

A cosmioides e a eridania são caracterizadas por causar grande desfolha no campo. Enquanto a cosmioides tem a coloração preta e se alimenta, principalmente, das vagens das plantas, a eridania tem a característica de migrar das plantas de soja em fim de ciclo para a planta daninha corda-de-viola (Ipomoea grandifolia), sobrevivendo na entressafra. Também é muito comum ser encontrada na Região Centro-Oeste.

Além dos inúmeros prejuízos que as lagartas da soja causam no campo, a resistência se mostra um grande problema para o produtor e um desafio em potencial para as tecnologias aplicadas no campo, que precisam ser eficazes e proporcionar amplo espectro e performance superior para o controle.

Por isso, o manejo antirresistência reúne práticas de monitoramento, timing exato na tomada de decisão e inseticidas eficientes para que os impactos não afetem a produtividade e a rentabilidade dos sojicultores.

Qual a importância do manejo antirresistência para o controle das lagartas?

Dentro do ciclo da cultura de soja, o produtor escolhe práticas de manejo durante todo o desenvolvimento da safra para que extraia o máximo em produtividade em uma lavoura saudável e livre de pragas.

No entanto, as lagartas de difícil controle apresentam o problema de resistência, o que significa que adotar as mesmas práticas de manejo em toda a lavoura leva a praga a desenvolver uma sensibilidade ao inseticida aplicado, não controlando efetivamente o aumento populacional desse insetos, causando impactos significativos nas plantas e, consequentemente, no resultado da produtividade.

O manejo antirresistência inclui medidas de controle da cultura que, aliadas ao MIP (Manejo Integrado de Pragas), têm o objetivo de controlar as pragas no campo, como as lagartas da soja. Dentro dessas ações, estão:

  • vazio sanitário: período de ausência total de plantas vivas de soja por 60 dias, proibindo o cultivo nesse intervalo com o intuito de proteger a lavoura de doenças e da infestação das pragas que ocorrem na entressafra.
  • monitoramento periódico: acompanhar tudo o que acontece na lavoura de perto é uma das técnicas mais eficientes para prever o aumento populacional das pragas e antecipar as ações de controle desses insetos.
  • solução inseticida: ao detectar que a população de insetos está gerando prejuízo econômico ao sojicultor, a aplicação do inseticida com ação rápida e amplo espectro se faz necessária para o manejo antirresistência, contribuindo com a sanidade da lavoura.

Para que as lagartas da soja não inviabilizem a lavoura, a escolha assertiva do inseticida é essencial para o melhor controle e para o desenvolvimento pleno do campo.

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Você sabia que é possível ser implacável contra as lagartas?

Para contribuir com o sojicultor no campo, a Syngenta conta com Proclaim, um inseticida para lagartas desenvolvido para o manejo antirresistência com rápida ação de choque e residual, acabando com os problemas de pragas na lavoura.

Se o risco de lagartas na soja é alto nesse início de fase reprodutiva, o benzoato de emamectina é o ingrediente ativo na formulação que contribui para que o produtor obtenha excelente assertividade no controle das lagartas da soja: sua composição química é implacável contra as espécies polífagas, que se alimentam de diversas culturas.

Além disso, pode-se destacar outros diferenciais como:

  • rápida ação de choque: as lagartas sofrem o bloqueio na sua alimentação em pouco tempo, o que ocasiona o controle eficiente e superior da praga;
  • seletividade: tem pouca disponibilidade para contato e, por isso, é uma solução altamente seletiva aos inimigos naturais presentes no campo;
  • ação translaminar: a formulação de Proclaim tem uma ação em movimento dentro das folhas, protegendo-as da lavagem das chuvas e conferindo assim um bom residual;
  • manejo antirresistência: além da ação ovi-larvicida, que controla os insetos antes e durante a eclosão dos ovos, a solução leva à paralisia flácida da praga, conhecida também como “ativadores de cloro”.

O posicionamento indicado para o uso de Proclaim é no momento após o fechamento da cultura, em que o produtor necessita de uma solução eficiente para a possível infestação das lagartas na lavoura.

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Lagartas X Operação Praga Zero: sua lavoura livre de pragas

A Syngenta conta, ainda, com o programa Operação Praga Zero, que busca dar suporte aos produtores rurais nas melhores práticas de manejo para o desenvolvimento saudável da lavoura, livre de pragas.

Idealizado e lançado pela Syngenta, o projeto tem como objetivo orientar e dar todo o suporte para produtores e agrônomos sobre a importância do manejo de pragas e como enfrentar esses desafios no campo no dia a dia.

No início do programa, em 2019, aconteceram palestras e visitas organizadas, em que especialistas mostraram, de forma didática, como as ações de manejo e a tomada de decisão precisa contribuem com eficiência no controle de pragas.

No atual cenário de pandemia, o Operação Praga Zero se reinventou para atender às necessidades do produtor rural e adaptou os atendimentos ao ambiente virtual. Através de palestras online, webinars e videoconferências, todo o suporte é dado com atenção e foco nas soluções dos problemas e dúvidas em relação ao campo.

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O cuidado dentro e fora do campo faz parte da conexão que a Syngenta mantém com o produtor através de tecnologias que auxiliam em uma lavoura saudável e produtiva. Confira o portfólio completo de produtos e conheça as soluções desenvolvidas para todo o ciclo da cultura.