O sucesso do plantio de soja, como o de qualquer outra cultura, costuma ser o resultado de um conjunto de fatores. Muitos deles estão fora do controle do produtor – como condições climáticas extremas. Assim, para enfrentar todos os desafios ao longo de uma safra, a adoção de uma série de boas práticas, antes mesmo do plantio, é extremamente necessária. Ao realizá-las adequadamente, o produtor tem mais chance de estabelecer um plantio saudável e, mesmo em meio às adversidades, se aproximar dos altos índices de produtividade.
“Na medida em que a cultura se desenvolve e, inevitavelmente, ao enfrentar as intempéries que surgem no caminho, o produtor pode sofrer perdas de produtividade se não tomar as decisões corretas”, reflete a Gerente Técnica de Soja da Syngenta, Amanda Leitão. “Por essa razão, tudo o que ele fizer antes de plantar será determinante para se estabelecer, desde o início, um teto produtivo desejável para a cultura”, diz a especialista.
Primeiros passos
Ainda que o conjunto de boas práticas se estenda por todo o desenvolvimento da lavoura, há alguns pontos cuja atenção deve ser dada antes mesmo do início de seu estabelecimento. Para Amanda, as decisões pré-plantio não envolvem apenas a escolha da melhor semente, mas uma atenção a diversas outras questões essenciais. “Comprar a cultivar mais produtiva do mercado não é garantia de alta produtividade, nem de sucesso no plantio. É necessário que o produtor tome uma série de outros cuidados para que a lavoura expresse todo o seu potencial”, destaca.
Em primeiro lugar, para assegurar uma operação de qualidade, é importante que o produtor esteja atento a uma série de questões operacionais – principalmente, quanto à dessecação da área, para que o plantio seja iniciado em uma área que já esteja livre de pragas e de plantas daninhas. O tratamento de sementes com fungicidas e inseticidas também é essencial nesse momento, uma vez que parte das doenças que acometem a soja pode ser transmitida por meio da semente.
“O tratamento começa garantindo o estabelecimento de um estande adequado no campo, ou seja, o número de plantas desejável em uma determinada área para aquela cultivar”, explica Amanda. “Além de proteger a semente contra algumas doenças importantes para a cultura, o tratamento vai evitar o ataque de certas pragas e contribuirá para o estabelecimento de uma lavoura sadia”, ressalta.
Este tratamento não se restringe apenas a o uso de fungicidas e inseticidas. No caso da cultura da soja, o uso de inoculantes para facilitar a fixação biológica de nitrogênio, também contribuirá para o bom desenvolvimento da cultura.
“Realizar a inoculação é muito importante para garantir que haja o desenvolvimento dos nódulos de bradyrhizobium responsáveis pela captação de nitrogênio – este nutriente é indispensável, considerando que a cultura precisa, em média, de 80 a 90 kg de nitrogênio para produzir uma tonelada de grão”, explica a especialista.
Além disso, segundo Amanda, o produtor também deve conhecer as características de posicionamento da cultivar que ele está adquirindo. “A melhor época, ambiente e população de plantas, aliadas às decisões de manejo, também são essenciais e vão contribuir para que o produtor extraia do germoplasma sua melhor performance”, avalia. A aquisição de sementes certificadas, segundo a especialista, também é outro ponto de atenção, pois elas conferem garantia de sanidade, vigor, germinação, o que contribuirá ainda mais para o sucesso no estabelecimento da cultura.
Porém, mesmo cientes das boas práticas, alguns produtores acabam cometendo erros no momento do pré-plantio. “Não realizar a dessecação antecipada, não fazer a inoculação de forma eficiente, e posicionar incorretamente as cultivares são erros recorrentes para os quais o produtor deve estar atento”, alerta a especialista. “Em algumas regiões do Brasil também há uma porcentagem muito grande de sementes salvas e recomendamos sempre o uso de sementes certificadas”, alerta.
De olho no futuro
A natureza, o solo e a água são, para o produtor, a base para começar qualquer atividade. Assim, o uso consciente destes recursos é a base para se estabelecer uma agricultura sustentável.
Fomentado no país desde o início da década de 70 por agricultores paranaenses, o plantio direto consiste na adoção de algumas boas práticas agrícolas, dentre elas o não revolvimento de solo. “O plantio direto é um manejo importante também em pré-plantio e promove a sustentabilidade, garantindo a redução da lixiviação e do impacto da gota, protegendo a temperatura do solo e sua umidade e, consequentemente, contribuindo para uma melhor germinação da semente de soja ou qualquer outro tipo de cultura”, descreve.
Segundo Amanda, esta prática no pré-plantio garante uma série de benefícios no futuro. A palha é, por exemplo, uma maneira excepcional de controle de algumas plantas daninhas. “Vemos hoje que as boas práticas pré-plantio não estão relacionadas apenas com o benefício da produtividade. Há também uma relação muito forte com a sustentabilidade, com o compromisso de produzir mais, usando menos e degradando menos”, destaca a especialista.
Presença da Syngenta
Para executar todas as boas práticas necessárias no momento do pré-plantio é necessário que o produtor esteja munido de conhecimentos aprofundados e atualizados. Porém, enquanto há locais em que o produtor é extremamente suportado tecnicamente por consultorias, instituições de pesquisa e grupos técnicos, em outras regiões o acesso à informação é menor.
“Além de nossos representantes técnicos de vendas, há também os profissionais responsáveis por desenvolvimento técnico de mercado. Juntos, eles são responsáveis por levar para quem está na linha de frente, desde o próprio agricultor, até o distribuidor ou revenda, todas as informações técnicas necessárias sobre nossos produtos e sobre boas práticas agrícolas”, aponta.
“Um dos nossos grandes direcionadores para o sucesso do nosso negócio de sementes é justamente o foco no cliente”, observa Amanda. “Observamos que na agricultura essa relação de confiança entre o agricultor e o responsável técnico é extremamente importante para o sucesso do negócio e nós, como Syngenta, queremos que essa relação seja sempre mais estreita”, conclui a especialista.
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