O manejo pós-emergente de daninhas na cultura do trigo vem preocupando os produtores. Isso porque o azevém e as aveias, além de reduzir o potencial produtivo das culturas, vêm apresentando relatos cada vez mais frequentes de resistência aos principais mecanismos de ação utilizados.
Diante das dúvidas sobre qual seria a saída para driblar o problema e o potencial de perdas provocadas pelas plantas daninhas em trigo, é importante que os produtores estejam atentos aos principais pontos do manejo pós-emergente.
Esses detalhes englobam desde o conhecimento sobre quais espécies são mais danosas à cultura, passando pelo período crítico de infestação das daninhas em relação ao seu estádio de desenvolvimento e ao estádio de desenvolvimento da cultura do trigo, como usar o herbicida pós-emergente de forma eficiente, até quais as características mais importantes na escolha do melhor herbicida.
Quer vencer as daninhas no manejo pós-emergente em trigo? Leia nosso artigo até o final! Boa leitura!
Quais as principais plantas daninhas na cultura do trigo e quando o controle deve ser realizado?
Embora diversas espécies de plantas daninhas possam ocorrer na cultura do trigo, nas diferentes regiões produtoras do Brasil, as principais são divididas em gramíneas e folhas largas.
O potencial de dano de cada uma das espécies depende da densidade populacional que se encontra na área, do tempo em que permanecem interferindo no desenvolvimento do trigo, e principalmente do estádio de desenvolvimento em que a cultura se encontra quando a competição entre daninhas e trigo ocorre.
Além disso, há diferenciação entre a predominância de espécies de daninhas, a depender da região produtora. Por exemplo, para o Sul do país, as principais espécies que provocam perdas consideráveis na produtividade da cultura são:
- gramíneas:
- azevém (Lolium multiflorum);
- aveia-preta (Avena strigosa);
- aveia-branca (Avena sativa).
Campo de azevém, principal planta daninha que reduz a produtividade do trigo. Fonte: Blog Syngenta Digital, 2022.
Campo de aveia-preta, planta daninha com grande potencial de danos para a cultura do trigo, especialmente nas fases iniciais de desenvolvimento. Fonte: Magnante, 2022.
- folhas largas:
- nabiça (Raphanus raphanistrum e R. sativus);
- cipó-veado (Polygonum convolvulus);
- erva-salva (Bowlesia incana);
- buva (Conyza bonariensis e C. canadensis).
Entre essas, as aveias, o azevém e a buva são as predominantes.
Já para regiões onde as temperaturas são mais altas no inverno – época de cultivo do cereal, ou em anos em que as temperaturas, durante a estação, são mais elevadas – outras espécies de folhas largas podem configurar um problema, como:
- picão-preto (Bidens pilosa);
- corriola (Ipomoea spp.);
- guanxuma (Sida spp.);
- poaia (Richardia brasiliensis).
Leia também:
Caçadores de Daninhas: como evitar perdas e danos no trigo?
Qual o período crítico de infestação de plantas daninhas no trigo?
Já conseguimos compreender que o período crítico de infestação de plantas daninhas na cultura do trigo se dá nas fases iniciais de desenvolvimento da cultura, em que raízes e folhas são formadas, momento em que a competição com as daninhas pode resultar em plantas de trigo menos vigorosas, com crescimento reduzido e, portanto, com menor potencial produtivo.
É importante ressaltar que são nas fases iniciais de desenvolvimento do trigo que os componentes de rendimento (plantas por m², espigas por planta, espiguetas por planta, grãos por m²) são definidos. Por isso, manter a cultura livre de plantas daninhas, principalmente antes do fechamento das entrelinhas, é fundamental para a obtenção de altos rendimentos.
Ademais, isso só é possível com um manejo assertivo, principalmente na pós-emergência das plantas daninhas, com uso de um herbicida seletivo ao trigo.
Como as plantas daninhas estão tirando a produtividade do trigo?
Plantas daninhas gramíneas e de folhas largas são um problema para a cultura do trigo. No entanto, dadas as características da cultura, estação de cultivo e principais regiões produtoras, a maior problemática atualmente envolve duas gramíneas de difícil controle: o azevém e as aveias.
Para o caso do azevém, a situação é preocupante para os produtores, uma vez que os herbicidas disponíveis, especialmente os pós-emergentes, têm apresentado dificuldades no controle, principalmente pela problemática da resistência. Estudos apontam ainda que o azevém pode inviabilizar as lavouras de trigo. Por isso, alternativas que sejam eficientes e que mantenham a lavoura limpa são mais do que necessárias, são urgentes.
Para as aveias, a situação não é muito diferente já que, a depender da infestação, as perdas causadas pelas aveias e pelo azevém podem ser de até 80%. Essa situação gera uma necessidade de diferentes alternativas de controle, visto que existem poucos herbicidas disponíveis para aplicação no controle de daninhas, especialmente na pós-emergência, que controlam gramíneas como o azevém e as aveias.
Por tanto, o controle deve ser realizado da seguinte maneira:
Em três etapas, a depender da infestação da área, do manejo anteriormente realizado, da temperatura e da região produtora:
- a primeira, antes da semeadura da cultura, ou dessecação pré-semeadura;
- a segunda é no manejo pré-emergente das daninhas e, por vezes, da cultura;
- a terceira é o controle de daninhas realizado após a semeadura da cultura, conhecido, portanto, como manejo pós-emergência da cultura e das daninhas.
Mas é importante lembrar que o controle de daninhas deve ser realizado quando elas estiverem com 2 ou 4 folhas, e deve ser implementado até o início do perfilhamento da cultura do trigo. Além disso, é indispensável que o herbicida utilizado seja seletivo à cultura e que a época de aplicação seja respeitada, evitando assim danos à cultura de interesse.
Entendendo mais sobre a época de aplicação dos herbicidas pós-emergentes
A fase de perfilhamento, também conhecida como afilhamento, corresponde ao momento em que os primeiros perfilhos, formados por uma haste composta de nós e entrenós, de uma pseudo-haste (com conjunto de bainhas e folhas), de um meristema apical, que originará novas folhas ou inflorescências, e das lâminas foliares.
A fase de perfilhamento ocorre geralmente entre 15 e 20 dias após a semeadura, sendo que o número de perfilhos gerados depende de temperatura, umidade, cultivar implantada e manejo de fertilidade do solo.
Estádios de desenvolvimento do trigo e sua relação com os componentes de rendimento. Início do afilhamento, ou perfilhamento é a fase limite em que os herbicidas pós-emergentes podem ser aplicados na cultura. Fonte: Large, 1954. In: Dos Santos et al., 2014.
Como escolher o herbicida pós-emergente na cultura do trigo de forma eficiente?
A dúvida principal quando produtores se deparam com diferentes opções de herbicidas para usar no trigo é sobre qual a melhor opção ou quais características devem ser consideradas na escolha, entre as opções disponíveis.
Embora a resposta não seja tão simples, listamos a seguir algumas características importantes de serem analisadas sobre o que considerar na escolha do melhor herbicida pós-emergente:
- espécies de plantas daninhas que estão ocorrendo na área de cultivo;
- características do produto em relação à eficiência no controle de plantas daninhas, principalmente as de difícil controle e que impactam significativamente a produtividade da cultura, como azevém e aveia;
- residual do herbicida utilizado, sem causar fitotoxicidade à cultura de interesse;
- seletividade à cultura do trigo, visto que a aplicação na pós-emergência, como o nome já diz, é realizada após a emergência das daninhas e da cultura do trigo;
- ser possível de ser utilizado em um programa de manejo antirresistência, sendo composto, portanto, por ativos a que as plantas não apresentam resistência.
Obviamente outras características precisam ser observadas, relacionadas às condições de aplicação do produto, bem como tecnologia de aplicação, condições ambientais, entre outras, que devem ser consultadas diretamente na bula.
Pensando nisso, a Syngenta apresenta ao mercado uma nova alternativa, altamente eficiente no manejo de plantas daninhas na pós-emergência em trigo, capaz de eliminar totalmente as daninhas de difícil controle como azevém e aveia das áreas de produção.
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A recomendação de aplicação na cultura do trigo é em pós-emergência (início do perfilhamento) ou de 15 a 25 dias após a emergência da cultura no momento em que as plantas daninhas apresentam de 2 a 4 folhas. As demais recomendações de uso devem ser consultadas diretamente na bula do produto.
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