Atualizado em 10/10/2024.
A cultura da soja ocupa uma posição de destaque no mercado agrícola brasileiro por ser a commodity de maior exportação do país, presente ao longo do território nacional.
As condições para o plantio da cultura variam dependendo da região, de maneira que cada produtor avança de acordo com o contexto específico de sua lavoura e do clima. No entanto, todos devem ficar atentos aos agentes capazes de prejudicar a rentabilidade do negócio, independentemente do cenário do cultivo.
Entre as doenças que afetam a lavoura de soja, a mancha-alvo, a ferrugem-asiática e, mais recentemente, a podridão de vagens e grãos (anomalia da soja), chamam muita atenção por serem capazes de comprometer boa parte da área produtiva e causar danos significativos.
A mancha-alvo pode provocar a perda de 50% da lavoura, enquanto a ferrugem-asiática tem potencial de perdas de 10 a 90%. Já a podridão de vagens e grãos (anomalia da soja), uma nova e crescente ameaça, tem causado reduções de até 50% da produtividade nas lavouras afetadas, com danos que continuam mesmo após a colheita.
No entanto, mesmo diante de um cenário complexo, a adoção de técnicas de manejo integradas tem tornado possível proteger a cultura e proporcionar boas condições de desenvolvimento às plantas.
A palavra-chave para alcançar a máxima eficiência na construção da sanidade da lavoura? Prevenção!
Mancha-alvo e ferrugem-asiática: dois fortes inimigos da produção de soja
Para controlar a infestação dos patógenos causadores de doenças como a mancha-alvo e a ferrugem-asiática, é importante conhecer um pouco mais sobre suas características e os sintomas que causam nas plantas.
Mancha-alvo (Corynespora cassiicola)
A mancha-alvo é uma doença provocada pelo fungo Corynespora cassiicola, bastante presente nas lavouras de soja de todo o país, e pode ocorrer durante todo o ciclo do plantio. A incidência da doença tem aumentado nas últimas safras devido ao aumento da utilização de cultivares suscetíveis, da sequência da cultura de soja com outras que também são hospedeiras do patógeno e da resistência do fungo a fungicidas, como estrobilurinas e benzimidazóis.
Os principais sintomas da mancha-alvo são o surgimento de pontuações pardas com halo amarelado nas folhas, que evoluem para manchas circulares de cor castanha e que podem atingir até 2 cm de diâmetro. Essas manchas têm pontos centrais, com anéis concêntricos de cor mais escura.
Com a formação dessas manchas, ocorre a redução da área fotossintética da planta, prejudicando seu desenvolvimento. Consequentemente, a cultura sofre uma desfolha precoce e tem o enchimento de grãos comprometido, reduzindo, assim, a produtividade.
Ferrugem-Asiática (Phakopsora pachyrhizi)
Provocada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, a ferrugem-asiática é uma das doenças que mais preocupam os produtores de soja, tendo em vista a capacidade de provocar perdas a níveis alarmantes e irrecuperáveis.
A contaminação pelo patógeno caracteriza-se pela formação de minúsculos pontos nas folhas, com colorações que variam entre o verde e o cinza-esverdeado, em tons mais escuros que o tecido sadio da folha.
Também ocorre a formação de protuberâncias de cores castanho-clara a castanho-escura, conhecidas como urédias, na parte inferior da folha. Essas urédias abrem-se e expelem esporos cristalinos, que podem se acumular na folha ou serem carregados pelo vento, o que contribui para a disseminação do fungo para outras áreas.
As consequências da contaminação por P. pachyrhizi são a desfolha precoce, impedindo a formação completa dos grãos, fazendo com que a lavoura não consiga alcançar seu máximo potencial produtivo.
Podridão de vagens e grãos (anomalia da soja): preocupação que se estende ao pós-colheita
Em 2019, os primeiros relatos de problemas com podridão de vagens e grãos em lavouras de soja na região central do Brasil começaram a surgir. Rapidamente, esses sintomas se espalharam para outras regiões, causando grande preocupação entre os produtores.
O problema, inicialmente chamado de “anomalia da soja”, foi investigado e posteriormente reconhecido pela comunidade científica como podridão de vagens e grãos.
Causas e patógenos envolvidos
A podridão de vagens e grãos da soja está associada a um complexo de patógenos, principalmente espécies dos gêneros Diaporthe/Phomopsis e Colletotrichum. Outros patógenos, como Fusarium, Cercospora e Macrophomina, também podem estar presentes, contribuindo para a severidade da doença.
Sintomas e danos
A podridão de vagens e grãos (anomalia da soja) é caracterizada por sintomas como escurecimento interno da vagem e dos grãos, especialmente no final do enchimento, apodrecimento e abertura de grãos e vagens, apodrecimento de grãos colhidos e germinação de grãos imaturos. Pode ocorrer também enrugamento de grãos e sementes, amarelecimento e murcha das folhas antes do fim do enchimento de grãos, além de necrose dos tecidos devido ao ataque de patógenos necrotróficos.
Impactos na produção
Segundo estimativas, nas últimas safras a podridão de vagens e grãos (anomalia da soja) acarretou quebra de produtividade de até 50% em diversas lavouras. A doença continua a se espalhar, com registros de ocorrência nas regiões da BR-163 no Mato Grosso, sul do Mato Grosso do Sul, oeste e norte do Paraná, oeste de Santa Catarina, centro-norte do Rio Grande do Sul, e sudoeste de São Paulo.
Essa doença tende a se manifestar principalmente no final do ciclo da cultura, durante o enchimento de grãos e na maturação das vagens, mas o problema não termina com a colheita.
Mesmo após serem armazenados, os grãos infectados continuam a apodrecer no armazenamento, intensificando as perdas para os produtores. Esse apodrecimento persistente no armazenamento pode inviabilizar completamente a comercialização dos grãos, causando prejuízos ainda maiores do que aqueles observados no campo.
Essa característica torna a podridão de vagens e grãos (anomalia da soja) uma das ameaças mais agressivas e preocupantes para a cultura nas últimas safras, exigindo uma construção estratégica e completa da sanidade da lavoura.
Segundo especialistas, as aplicações mais importantes são: tratamento de sementes, aplicação zero no vegetativo e aplicação no pré-fechamento das entrelinhas.
Como controlar as principais doenças da soja?
A melhor maneira de preservar a produtividade e a rentabilidade da lavoura é realizar o manejo preventivo, integrando os métodos genético, cultural, químico, biológico e legislativo que, em conjunto, são capazes de limitar a proliferação dos fungos prejudiciais à soja.
Essas medidas são fundamentais, principalmente considerando a podridão de vagens e grãos, que só manifesta sintomas no fim do ciclo, quando já não há mais alternativas viáveis para evitar os prejuízos.
Como os patógenos são capazes de sobreviver em restos de cultura e em sementes infestadas, adotar medidas como a rotação de culturas e o vazio sanitário são estratégias importantes. Além disso, é imprescindível a utilização de tecnologias fungicidas potentes.
MITRION®: a solução da Syngenta para o controle de podridão de vagens e grãos (anomalia da soja), ferrugem-asiática e mancha-alvo
Diante dos desafios impostos pelas doenças fúngicas na soja, a Syngenta desenvolveu o fungicida MITRION®, composto pelos dois ingredientes ativos mais potentes do mercado: solatenol e protioconazol.
Inicialmente posicionado para o controle da ferrugem-asiática e da mancha-alvo, MITRION® também foi recentemente registrado para o controle da podridão de vagens e grãos (anomalia da soja), em 2023, após estudos indicarem sua eficácia contra essa nova ameaça.
Benefícios de MITRION®
- Combinação inovadora: com solatenol e protioconazol, MITRION® oferece uma dupla ação poderosa que protege a lavoura contra os principais patógenos da soja.
- Controle superior: age protegendo a lavoura das doenças e interrompendo a reprodução dos fungos no início da infecção, impedindo o avanço das doenças e preservando a sanidade da lavoura.
- Máxima potência: além de sua eficácia comprovada contra ferrugem-asiática e mancha-alvo, MITRION® oferece uma solução robusta contra a podridão de vagens e grãos (anomalia da soja).
- Tecnologia Empowered Control: a formulação moderna melhora a fixação e absorção do produto na planta, potencializando os resultados da aplicação.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
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