Café Especial
Grandes desafios aguardam o setor cafeeiro em 2024
Os cafeicultores devem enfrentar alguns desafios em 2024, o primeiro deles é o clima, com o fenômeno El Niño em ação, além do preço.
Inovação garante alto desempenho no combate ao bicho-mineiro
O bicho-mineiro é uma das principais pragas do cafeeiro. Joiner, enquanto solução no controle dessa praga, mostrou excelentes resultados.
Alerta para o controle preventivo da ferrugem do café
Entenda como o início das chuvas impacta no manejo de doenças Apesar do longo período de estiagem nas regiões produtoras de café , as chuvas voltaram com grande intensidade e isso trouxe mais uma oportunidade importante para relembrar o cafeicultor sobre manejos essenciais, principalmente no período pós-florada. Quando o manejo não é executado de forma […]
Concursos de qualidade impulsionam valorização do café brasileiro
Brasil consegue provar qualidade do campo até a xícara A valorização do café brasileiro tem crescido globalmente, e um fator essencial nesse processo é a realização dos concursos de qualidade. O Brasil sediou o primeiro concurso de qualidade de café do mundo em 1991. Evidentemente, eventos como o Cup of Excellence desempenham um papel fundamental […]
Manejos essenciais para pós-florada do café
Pragas e doenças demandam atenção com clima incerto nas lavouras brasileiras O período que sucede a florada no cafeeiro demanda um manejo específico. E as principais ações que devem ser realizadas nesse momento, estão relacionadas à proteção das plantas, com a aplicação de pulverizações antes e depois das flores. “Essas pulverizações são essenciais, pois garantem […]
Déficit hídrico liga alerta vermelho na cafeicultura brasileira
Impactos na safra 25 já são esperados pelo setor cafeeiro no Brasil O avanço do déficit hídrico em todas as regiões cafeeiras do país se tornou alarmante entre os cafeicultores. A principal preocupação neste momento é a ausência de chuvas, que, somadas às altas temperaturas, podem comprometer o próximo ciclo da cultura. A maioria das […]
Café: mitigando riscos com manejo preventivo
Cafeicultores se aliam a tecnologias para reduzir riscos Nos últimos anos, um dos principais destaques na cafeicultura têm sido as estratégias adotadas pelos cafeicultores para mitigar riscos no campo. As incertezas no setor, contribuíram para o surgimento de pragas e doenças, que ameaçam a boa produtividade das lavouras. Diante da alta incidência de pragas e […]
18/12/2023
Café Conilon especial muda vida de produtores
Produtores investem em manejo sustentável e origem para mais qualidade do café robusta no Brasil O crescimento da produção do café robusta reafirma a busca pela qualidade da bebida nos últimos anos. Famoso por seu sabor marcante e forte, o café Conilon – também conhecido como café robusta – tem sido a oportunidade para o […]...
Produtores investem em manejo sustentável e origem para mais qualidade do café robusta no Brasil
O crescimento da produção do café robusta reafirma a busca pela qualidade da bebida nos últimos anos.
Famoso por seu sabor marcante e forte, o café Conilon – também conhecido como café robusta – tem sido a oportunidade para o Brasil abrir novos mercados na cafeicultura. Seu cultivo se dá entre o bioma da Mata Atlântica até o bioma Amazônico, e entre os principais diferenciais é destaque por sua entrega volumosa, resistência a pragas, e maior teor de cafeína em comparação ao arábica.
O que mais chama a atenção no café robusta é o volume de produção, maior em comparação com o arábica.
O que tem virado a chave para o Brasil nos últimos anos é a busca pela qualidade. Assim como na cafeicultura de arábica, a produção de Conilon também recebeu atenção e cuidados voltados para o pós-colheita. Nos últimos anos, produtores de diversas regiões do país têm buscado aprimorar e trabalhar melhor a qualidade desses cafés, resultando na emergência da cafeicultura especial de robusta.
Esse movimento tem contribuído para o aumento das exportações e demanda global desse café. Em regiões mais simples do país, como em Cacoal, Rondônia, a busca pela qualidade representou não apenas um avanço na produção da bebida, mas também uma melhoria social na vida dos produtores.
A Associação Caferon (Cafeicultores Associados da Região das Matas de Rondônia), desempenhou um papel crucial ao iniciar processos de pós-colheita na região.
Atualmente, os produtores descobriram as muitas possibilidades com o café especial
De acordo com Poliana Perrute, produtora e Líder do Movimento das Mulheres do Café de Rondônia, a produção de cafés na Amazônia é recente, e no caso da produção de cafés especiais, o cenário é ainda mais novo.
“Mas tudo isso trouxe o foco na melhoria da qualidade de vida dos produtores e eles entenderam que a cafeicultura especial é uma boa via de acesso ao melhor desenvolvimento da região. As famílias entenderam as possibilidades e estão conseguindo evoluir, entregando mais qualidade na xícara”, ressalta Poliana.
O sensorial dos cafés da região sempre foi caracterizado por notas de caramelo, amêndoa, chocolate ou nibs de cacau. No entanto, o movimento também liderado por Poliana tem ajudado os produtores a explorarem novos sabores na xícara, como frutas amarelas, frutas secas, tâmara, mirtilo e até mesmo chocolate com morango.
“A cada ano nos surpreendemos com o sensorial encontrado em nossos cafés. Evoluímos de um café que não era trabalhado para qualidade, apenas para gerar volume, até descobrimos o real sensorial do café robusta”, explica Perrute.
A maioria dessas produções tem ocorrido em áreas de reserva natural, valorizando ainda mais a bebida.
Vale destacar que o terroir – consiste nas características específicas referentes à geografia, geologia e ao clima de um lugar – também está sendo explorado por esses produtores. A ideia inicial é que o mundo conheça as muitas possibilidades dos cafés robustas. Em especial na região de Rondônia, esses cafés vêm sendo cultivados em solo da região amazônica, o que também ajuda a explicar o terroir diferente encontrado na xícara.
Enrique Alves, pesquisador da Embrapa, ressalta que a maioria desses produtores também evoluíram pela necessidade de trabalhar em conjunto com o meio ambiente. A proteção de nascentes e o reflorestamento em torno das lavouras tornaram-se práticas comuns.
“Principalmente diante de condições climáticas mais desafiadoras, a atenção voltada para a preservação de rios, córregos e nascentes já integra a rotina dos cafeicultores. Alguns, adicionalmente, direcionam investimentos para a construção de reservatórios de água destinados à irrigação. De maneira ainda mais específica, observa-se o início de investimentos por parte dos cafeicultores na arborização não só dos cafezais, mas também de suas áreas circundantes”, detalha Alves.
Produção de cafés especiais com o Conilon/Robusta insere produtores em mercados diferentes.
Além dos desafios climáticos, o desafio da informação também tem sido superado pelos produtores de robusta. Juan Travion, produtor e Presidente da Caferon destaca os desafios.
“O desafio de fazer os produtores entenderem novas tecnologias e a importância da ciência e da comunicação externa, porque se queremos traduzir nosso terroir para o mundo, a gente precisa ser muito claro nisso e muito transparente”.
Do Espírito Santo a Rondônia, os produtores de Conilon encontraram novas oportunidades no mercado, já que com um teor alto de cafeína, esses cafés chegam a mercados especiais de saúde, nutrição e esporte.
“Sempre lembro os produtores que são nichos de mercado. Acho que o produtor tem que atender todos os tipos de clientes. Mas é muito bacana a diversidade sensorial, porque ela agrega mais experiências aos consumidores e mais possibilidades aos produtores”, ressalta Juan.
Vale destacarmos que nesta safra atual, a área de Conilon ficou em 2,24 milhões de hectares, um aumento de 1,9% em comparação com a temporada anterior.
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