A leitura completa e atenta do rótulo, bula ou do manual de qualquer produto, sejam eles eletrônicos, medicamentos, alimentos ou defensivos agrícolas, é essencial para o entendimento das recomendações de uso feitas pelos seus fabricantes. Ao seguir corretamente as instruções, o consumidor assegura o correto funcionamento dos produtos, evita danos e prejuízos decorrentes da má utilização ou utilização indevida e faz melhor uso possível de todos os recursos nele inseridos.
Nos defensivos agrícolas, “a bula é um guia para o produtor rural. Nela estão todas as recomendações técnicas para o uso daquele produto. Ou seja, o produtor tem que seguir aquela dose, aplicar no momento indicado, do jeito e na quantidade certa para que o defensivo alcance todos os benefícios esperados, evitando prejuízos para o agricultor. Tudo que está escrito na bula foi testado em laboratório e no campo, fruto de trabalhos de pesquisa e desenvolvimento de diversas especialidades, por mais de 10 anos, sendo depois transcrito na bula para que o produtor siga quando for usar o produto”, explica Daniele Veras, gerente regulatório federal da Syngenta.
Em busca de uma maneira de facilitar e incentivar o acesso e o entendimento do produtor rural ao conteúdo das bulas, a Syngenta vai lançar um novo formato para apresentar essas informações: as videobulas. Agora, por meio de vídeos curtos, os produtores poderão conferir as principais recomendações de segurança que constam na bula de forma simples e rápida.
“As videobulas são um material de apoio fantástico, que apresentam as informações da bula de uma forma mais amigável. Eles não substituem a leitura da bula, mas complementam e simplificam a compreensão, pois torna mais visual os conceitos descritos, o que ajuda fixá-los na mente de quem assiste”, comenta a gerente regulatório federal da Syngenta.
Através do uso de ilustrações, figuras e ícones, os vídeos apresentam as informações sobre indicação de uso, tecnologias de aplicação recomendadas, cuidados com a saúde humana, intervalo de segurança indicado para cada cultura, intervalo de reentrada, cuidados com a preservação do meio ambiente e recomendações de transporte, armazenamento e descarte corretos.
Em breve, as videobulas estarão disponíveis na página de Uso correto e seguro de produtos, inciativa que reúne informações para garantir a segurança do produtor, de sua família, trabalhadores e meio ambiente.
Mudanças no rótulo e na bula
Em julho de 2019, entrou em vigor no Brasil o novo marco regulatório para agrotóxicos, aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A medida atualizou os critérios de avaliação e classificação toxicológica dos defensivos agrícolas e estabeleceu mudanças no rótulo e na bula dos produtos comercializados no país.
Com isso, o Brasil passou a seguir o padrão do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS, da sigla em inglês), que já é adotado por países da União Europeia e da Ásia. O objetivo dessas mudanças é facilitar e tornar mais claro o entendimento para os consumidores dos riscos à saúde humana e ao meio ambiente que os agrotóxicos oferecem.
“Do ponto de vista técnico, o Brasil está adotando uma maneira mais moderna e melhor de comunicação do perigo, que está alinhada com o que já acontece no resto do mundo. A mudança é visual apenas, nada muda com relação as características de toxicidade dos produtos. Esta mudança trará mais clareza em relação aos cuidados que devem ser observados no manuseio dos produtos. Os agricultores vão começar a ver os rótulos novos no mercado de forma gradativa, não chegará de uma só vez, até porque existem produtos que já estão no mercado com os rótulos com a versão anterior, ressalta Veras.
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