Essencial nas mesas do mundo todo, o trigo é o segundo cereal mais consumido do planeta e teve os seus preços impulsionados durante o cenário de pandemia, com a demanda pela cultura na Europa e no Oriente Médio tão alta quanto no Brasil.

Os estados do Paraná e Rio Grande do Sul detêm a maior parte das lavouras de trigo do país, pois o clima favorável e o tipo de solo nessas regiões contribuem para a produtividade da cultura, com São Paulo também apresentando áreas produtivas. Segundo dados divulgados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os valores do trigo e dos produtos variados continuam avançando no Brasil por conta da retração dos produtores.

Outros fatores que deixam o preço da saca em alta é a estimativa de redução na safra argentina devido às condições climáticas desfavoráveis no país, o que fez com que o Brasil absorvesse parte dessa demanda.

A safra 19/20 do trigo brasileiro fecha o ciclo com saldo positivo: cerca de 14% a mais de áreas plantadas. Mesmo com as geadas do fim de agosto e as estiagens, a colheita segue adiantada em relação às cinco últimas safras, com uma excelente qualidade no cereal colhido.

Reta final de colheita no Paraná

De acordo com o Deral (Departamento de Economia Rural), até 27 de outubro, cerca de 90% das lavouras já foram colhidas e aproximadamente 66% das plantas já estavam no ponto de colheita.

Em relação ao preço do trigo, houve um aumento de 5,05% no Paraná, fechando a última semana de outubro no valor de R$ 1.343,56 por tonelada. Outros números destacam a boa produtividade do cereal em comparação com 2019:

  • Estima-se uma produção de 3,322 milhões de toneladas em 2020;
  • Em 2019, foram colhidos 2,141 milhões de toneladas, o que significa que a safra atual já está com 55% a mais de produtividade;
  • Em 2020, a produtividade média está em 2.982 quilos por hectare, já em 2019 registrava-se 2.205 quilos por hectare.

Com isso, o produtor brasileiro acaba controlando os preços para o mercado interno, fazendo com que os preços das farinhas também aumentem nas próximas semanas.

As lavouras do Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, a colheita segue com bons índices, chegando, até 26 de outubro, a 31% das áreas colhidas e 45% das lavouras em maturação, o que mostra que o desenvolvimento segue a média já registrada nos últimos cinco anos.

Segundo matéria publicada pela consultoria Safras&Mercados, a ausência de chuvas na última semana de outubro favoreceu a colheita, que também está com o trabalho adiantado em relação à safra passada.

A alta das cotações do trigo importado e os patamares elevados do dólar faz com que o mercado interno fique aquecido, gerando um aumento de 61,6% nos preços das sacas do trigo produzido no Rio Grande do Sul. Até 26 de outubro, o valor da saca era de R$ 1.311,20 por tonelada.

Como parte dos produtores não precisam da venda imediata do trigo, a expectativa é que as negociações sejam feitas no período da entressafra, que oferece mais vantagens em termos de preço e oportunidades de oferta pelo produto.

Trigo e o mercado externo e interno

As cotações para o trigo brasileiro seguem em alta no mercado externo, sendo que Chicago, na última semana de outubro, apresentou a maior alta nos últimos seis anos, de acordo com o relatório publicado pela Conab (Companhia Nacional do Abastecimento).

Em setembro, só a China importou pouco mais de 1 milhão de toneladas de trigo, superando 584% a mais em comparação com o ano passado. A média semanal no fim de outubro teve uma valorização de 3,74%, sendo cotada a US$ 280,12. Outros fatores estão ligados diretamente a esse cenário favorável aos produtores que exportam o seu trigo:

  • clima seco nos EUA e no Mar Negro;
  • dólar permanece em alta;
  • menor safra argentina devido às condições climáticas desfavoráveis;
  • grande demanda asiática por trigo ração e trigo em grãos.

Com isso, os preços do trigo seguem elevados no mercado interno, o que permitiu ao governo liberar a importação de 450 mil toneladas de fora do Mercosul com isenção da TEC (Tarifa Externa Comum).

De acordo com o relatório da consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio, isso proporciona o aumento nas importações por parte dos moinhos brasileiros. Porém, mesmo com a alíquota da TEC zerada, as compras externas continuam acima do preço por conta dos patamares elevados do dólar.

A Syngenta está ao lado do produtor dentro e fora do campo, oferecendo soluções que impulsionam a produtividade da cultura do trigo e elevam o agronegócio nacional a níveis ainda mais altos. Por isso, conta com um portfólio completo de produtos para auxiliar no manejo do início ao fim do ciclo, com o objetivo de manter as lavouras cada vez mais saudáveis, produtivas e rentáveis.

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