O plantio de milho segunda safra, também conhecido como milho safrinha, avança nas regiões produtoras brasileiras. De acordo com o levantamento divulgado recentemente pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil está com 87,4% de milho semeado até dia 12 de março.
Na semana anterior, o plantio estava em 74,8%, número acima do mesmo período de 2021, que indicou 71,5%. Com o plantio realizado entre janeiro e abril, logo após a colheita da soja, o milho safrinha vem registrando aumento na área plantada nos últimos anos, tornando-se um cultivo importante para o produtor no que diz respeito à rentabilidade.
Mesmo com boas perspectivas para a segunda safra, os produtores enfrentam desafios na lavoura devido às intercorrências climáticas, podendo afetar a fase inicial do plantio e prejudicar todo o desenvolvimento da cultura.
Andamento da safra 2021/22 por região
Veja abaixo como está o plantio do milho safrinha nos nove Estados produtores até o dia 12/03:
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Goiás: 98%
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Piauí: 75%
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Tocantins: 98%
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São Paulo: 45%
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Minas Gerais: 75%
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Maranhão: 75%
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Mato Grosso do Sul: 86%
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Mato Grosso: 98,1%
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Paraná: 69%
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TOTAL SEMEADO: 87,4%
A semeadura do milho segunda safra avança a cada semana no país, e as condições climáticas têm favorecido o plantio nas regiões produtoras.
Com alta no preço, Imea projeta novo aumento da área em MT
Diante da evolução da colheita da soja e da semeadura quase que total da safra 21/22 do milho em MT (Mato Grosso), os produtores conseguem avaliar melhor o cenário da temporada.
Dessa maneira, o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) divulgou o 5º boletim de Estimativa da Safra de Milho – 2021/22, no dia 07 de fevereiro, e reajustou a estimativa da área de cultivo do cereal no Estado, projetada em 6,28 milhões de hectares, o que corresponde a um aumento de 7,44% em relação à temporada anterior.
Esse cenário segue pautado pela valorização no preço do milho, pela elevada demanda do cereal e pelo bom desenvolvimento da semeadura no Estado, que apresentou 98,1% das áreas semeadas até dia 12 de março.
Por fim, com a alteração nas estimativas de área e produtividade, a produção para a safra 2021/22 passa a ser estimada em 40,40 milhões de toneladas, um acréscimo de 24,07% frente ao observado na safra 2020/21.
Como está a produção do milho safrinha?
Leia a seguir qual a situação das lavouras nas principais regiões produtoras.
Região Centro-Oeste
De acordo com o 5° Levantamento de Grãos, divulgado dia 10 de fevereiro pela Conab, além de MT, em MS (Mato Grosso do Sul), com a retomada das chuvas, a emergência das lavouras está ocorrendo dentro do esperado. No entanto, há um ponto de atenção em MS, pois a ocorrência generalizada de cigarrinha-do-milho e percevejos preocupa produtores.
Em GO (Goiás), o plantio alcançou 98% da área prevista e, em algumas partes do Estado, a estiagem atingiu 15 dias, podendo impactar a produtividade das lavouras.
Região Matopiba
Na BA (Bahia), o plantio foi finalizado na região do extremo-oeste. Já no MA (Maranhão) e no PI (Piauí), a semeadura segue em bom ritmo, com condições favoráveis de desenvolvimento das lavouras. No TO (Tocantins), as previsões também são boas: cerca de 98% das áreas já foram semeadas e apresentam excelentes condições.
Região Sudeste
Em MG (Minas Gerais), os produtores aproveitam as boas condições de semeadura e aceleram o plantio do milho, que chega a 75%. Apesar da quebra de produtividade ocorrida na última safra devido à seca generalizada nas regiões produtoras, espera-se que, nesta, a cultura retome o potencial produtivo.
Em SP (São Paulo), especialmente na região noroeste, o atraso na colheita da soja acaba retardando a semeadura do milho.
Região Sul
No PR (Paraná), apesar da redução no volume de chuvas em algumas áreas, a semeadura chegou a 69%, e o solo apresenta boa umidade, favorecendo o desenvolvimento das lavouras.
Rondônia
O bom volume de chuva previsto para o Estado apresenta um cenário positivo e boas perspectivas de produtividade, tendo como estimativa de plantio 200 mil hectares.
É importante ressaltar que a alta produtividade nas lavouras depende também do manejo correto durante todo o ciclo da cultura. A condição do clima de cada região, a época de semeadura, o controle de pragas e doenças e a escolha dos defensivos mais adequados são alguns dos fatores que precisam sempre ser considerados para se alcançar os melhores resultados na segunda safra.
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