Já vimos anteriormente os perigos que as plantas daninhas podem trazer à cultura caso os esforços para controlá-las não sejam feitos corretamente.
Agora, é chegado o momento de colocarmos em pauta os perigos que algumas pragas podem trazer à lavoura de milho safrinha, principalmente em seus estágios iniciais.
Se formos analisar minuciosamente, existem diversos tipos de insetos que podem atacar os milharais, sendo elas pragas de solo ou aéreas, com hábitos mastigadores ou sugadores. Contudo, hoje vamos citar apenas as que realmente têm sido mais frequentes nas lavouras.
Posto isso, vamos às pragas:
Dentre as principais pragas de solo, temos a larva-angorá (Astylus variegatus), que é estágio inicial da lagarta-angorá e que ataca as sementes antes a após a germinação, diminuindo sensivelmente o estande inicial da cultura. Além dela, também temos os corós-do-milho (Liogenys sutural, Diloboderus abderus, Phyllophaga cuyabana), que se alimentam das raízes das plantas, diminuindo sua capacidade em absorver água e nutrientes, consequentemente afetando a produtividade final da lavoura.
Falando agora das pragas que atacam a parte aérea das plantas, merecem atenção dois tipos de percevejos: o percevejo-barriga-verde (Dichelops furcatos e Dichelops melacanthus) e o percevejo-marrom (Euschistos heros).
O percevejo-barriga-verde é o que causa os maiores e mais irreversíveis danos à cultura do milho. É extremamente agressivo, e ao introduzir seus estiletes na base das plantas, atinge as folhas internas, que crescem com os furos ocasionado pela praga, acarretando em grande diminuição da área foliar.
Já o percevejo-marrom tem seus sintomas de agressão menos visíveis, pois seu estilete (membro que danifica as folhas) é mais curto e dificilmente provoca danos tão severos. As mortes das plantas são pouco prováveis quando falamos desta praga, entretanto sua ocorrência é muito abrangente.
O início do ciclo de milho safrinha é cheio de desafios, principalmente relacionados às ameaças de invasores indesejados. Para realizar o controle correto destas pragas, o manejo integrado é fundamental, sempre combinando tratamento de sementes e com um efetivo controle químico, se necessário.
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