Das fases iniciais até o final do ciclo da soja, existem diversos patógenos que podem afetar a cultura, causando doenças que comprometem a rentabilidade e a lucratividade da lavoura.

Eles são responsáveis por grandes variações de produtividade de uma safra para outra, resultando em prejuízos para o produtor. Os fungos, por exemplo, podem acabar com toda a área plantada, no caso de infestações mais severas.

Como ocorrem as doenças na soja?

Para uma doença se manifestar na lavoura, ela depende da combinação simultânea de três fatores:

  1. Hospedeiro: organismo vegetal suscetível, que pode ser infectado por um patógeno;

  2. Ambiente: condições de temperatura, umidade e microclima favoráveis à expressão de uma doença;

  3. Patógeno: agente causal capaz de aderir, penetrar, colonizar e se proliferar em um determinado tecido, vivo ou não.

Portanto, mesmo que um patógeno e um hospedeiro estejam presentes em determinada área agrícola, se o ambiente não proporcionar as condições adequadas a interação planta-patógeno não resulta em doença. É por isso que a severidade de cada uma delas varia conforme o período e a região, dependendo das condições climáticas da safra em questão.

Dado o impacto negativo que os patógenos podem desencadear sobre a produtividade e a qualidade da soja, conhecer as características das principais doenças que acometem a cultura é essencial para um controle efetivo. A seguir, conheça algumas delas.

Antracnose: uma doença silenciosa

Antracnose

A antracnose (Colletotrichum truncatum) é uma das principais doenças das regiões tropicais do Brasil. É considerada uma doença silenciosa, pois pode causar estragos sem que o produtor perceba, uma vez que compromete diretamente os órgãos reprodutivos da planta, impactando o rendimento dos grãos e a qualidade das sementes.

O ataque do fungo pode provocar a queda das flores e das vagens ou, em alguns casos, o surgimento de vagens sem grãos. Também pode ocasionar: a morte de plântulas; o surgimento de manchas de coloração escura nas folhas, hastes e vagens; a deterioração das sementes; e vagens infectadas e retorcidas.

Além disso, o inóculo proveniente de restos de cultura e de sementes infectadas pode levar ao tombamento de pré e pós-emergência, acarretando redução do estande de plantas. A antracnose também pode se manifestar de maneira mais intensa em plantas com sistema radicular debilitado e com deficiências nutricionais.

A doença é disseminada a partir de sementes infectadas e restos da cultura, com o auxílio de vento e de chuva. Geralmente, desenvolve-se em regiões com período de chuvas prolongado, alta umidade do ar e altas temperaturas, como é o caso do Cerrado.

Cercosporiose: doença de final de ciclo

Cercosporiose

A cercosporiose (Cercospora kikuchii) é considerada uma doença de final de ciclo, visto que as maiores severidades ocorrem na fase de enchimento de grãos – porém, o início das infecções e a construção do inóculo ocorrem antes desse período.

O fungo produz uma toxina chamada cercosporina, que origina pequenas pontuações arroxeadas, arredondadas e com halo amarelado. Em casos mais severos, as lesões podem coalescer, resultando em grandes áreas necrosadas e com coloração predominantemente púrpura.

As sementes são atingidas pelo fungo através da infecção da vagem, causando a mancha-púrpura-da-semente, nome que remete à coloração que os grãos adquirem após a infecção.

O patógeno causador da cercosporiose pode apresentar longo período de latência na lavoura, conseguindo permanecer em restos culturais como a palhada e também ser disseminado pelas sementes. O desenvolvimento da doença é favorecido por temperaturas médias a altas, elevada umidade do ar, prolongado molhamento foliar e chuvas frequentes.

Septoriose, também conhecida como mancha-parda

Septoriose

A septoriose (Septoria glycines) pode ocorrer em todas as regiões brasileiras, especialmente no Cerrado. Geralmente, é uma das primeiras doenças a aparecer na lavoura, já no início do estádio vegetativo, mas é só no princípio da formação das vagens que ataca de maneira mais severa.

Os sintomas iniciais são pequenos pontos pardos nas folhas mais próximas ao solo. As lesões evoluem e formam manchas com halo amarelado e centro de coloração castanha, podendo coalescer e danificar uma grande área foliar.

Em casos mais severos, causa desfolha e maturação precoce. Quanto mais precocemente ocorrer a queda das folhas, menor será o tamanho dos grãos e, por fim, maior a perda de rendimento e de qualidade da soja.

O processo de infecção depende da disponibilidade de água livre na superfície da folha, altas temperaturas e umidade do ar. Feridas presentes nas plantas podem servir como porta de entrada para o fungo, que continua infectando a planta até o final do ciclo.

Oídio: doença da parte aérea da soja

Oídio

O patógeno causador do oídio (Microsphaera diffusa) existe em todas as regiões produtoras de soja do país, mas se desenvolve mais facilmente em condições de baixa umidade relativa do ar, chuvas limitadas e temperaturas amenas.

O oídio ataca toda a parte exposta da soja acima do solo – folhas, hastes, pecíolos e vagens –, originando uma fina cobertura esbranquiçada, constituída de micélio e esporos pulverulentos, que prejudica a fotossíntese e provoca a queda prematura das folhas.

A lavoura atacada pelo patógeno fica com aspecto dessecado e, quando alcança as hastes, podem surgir rachaduras e cicatrizes superficiais. A dispersão do fungo ocorre facilmente pelo vento, e a infecção pode acontecer em qualquer estádio de desenvolvimento da planta. Porém, é mais visível no início da floração, tendo como período de evolução acentuada da doença os estádios R1 a R6.

Ferrugem asiática: a doença de maior importância na cultura

Ferrugem asiática

A ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) é considerada um dos problemas mais preocupantes na lavoura de soja e sua propagação pode acontecer em todas as regiões produtoras da cultura no país, favorecida, principalmente, pelas condições climáticas, além de ser disseminada facilmente pelo vento.

Por ser um fungo biotrófico, sobrevive e se reproduz apenas em plantas vivas, e estima-se que os prejuízos causados pela severidade de seu ataque atinjam em torno de 70% de produtividade da lavoura.

Entre os sintomas da doença estão o aparecimento de pequenas pontuações de coloração verde-acinzentada, mais escuras que o tecido foliar, que evoluem para manchas maiores e marrom-avermelhadas. Na parte inferior das folhas, surgem pequenas urédias (estruturas de reprodução do fungo) de coloração castanho-clara. O principal dano é a desfolha precoce, que impede a formação completa dos grãos e impacta diretamente na produtividade.

Infográfico

Alade®: consistência de controle do complexo de doenças

Ciente de que o manejo dessas doenças tem-se tornado cada vez mais desafiador, a Syngenta desenvolveu Alade®, fungicida com tecnologia que oferece consistência de controle, minimizando os prejuízos e maximizando o potencial produtivo da lavoura. Endossado por grandes pesquisadores, Alade® apresenta:

  • Consistência: o maior espectro de controle do mercado;

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  • Máxima proteção: melhor efeito preventivo com Solatenol;

  • Conveniência: formulação moderna, com a tecnologia Empowered Control, que eleva o controle.

Alade® conta com a sinergia de três ingredientes ativos de alta eficácia, o que faz dele o fungicida com o maior espectro de ação do mercado, com alta consistência para um controle efetivo de antracnose, oídio, septoriose, cercosporiose e ferrugem asiática. Os ativos são:

  • Solatenol: carboxamida moderna que possui alta capacidade de aderência e de penetração nas folhas, proporcionando melhor efeito preventivo;

  • Ciproconazol: triazol que se destaca pela alta mobilidade e pela eficácia em ferrugem;

  • Difenoconazol: triazol que assegura um amplo espectro de ação contra os principais patógenos da soja, sendo um especialista no controle de manchas.

Enquanto os triazóis penetram rapidamente na planta, mantendo seu interior totalmente protegido, a carboxamida forma uma camada protetora logo após ser aderida ao mesófilo foliar, bloqueando a entrada do fungo e protegendo a planta preventivamente.

Syngenta: a empresa da soja

Ciente de que o manejo de doenças da soja está cada vez mais complexo, a Syngenta utiliza a mais avançada tecnologia do mercado para atender às novas demandas do agronegócio, disponibilizando um portfólio robusto com uma série de soluções para aumentar a produtividade e a rentabilidade da cultura.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas. 

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Redação Mais Agro