A podridão-vermelha (Colletotrichum falcatum) é uma daquelas doenças que se instalam sem alarde, mas cujos impactos se tornam devastadores ao longo do ciclo da cana-de-açúcar. Os canavicultores, que já conhecem bem a importância de um manejo integrado, estão mais uma vez vendo o cenário mudar por meio do uso de produtos biológicos no controle de doenças na cana. 

O fungo causador da podridão-vermelha age internamente, apodrecendo os colmos e consumindo a sacarose, reduzindo drasticamente a produtividade e o rendimento industrial da cana. Esse problema se intensifica em regiões de alta umidade, onde o patógeno encontra condições ideais para se proliferar. Além disso, infestações da broca-da-cana (Diatraea saccharalis) abrem caminho para a entrada do fungo, tornando o controle ainda mais desafiador.

Até pouco tempo, a principal estratégia de controle era baseada na escolha de variedades resistentes e no uso de fungicidas químicos. No entanto, o avanço da biotecnologia trouxe uma nova perspectiva: o controle biológico

Microrganismos como os Bacillus não só combatem diretamente patógenos como o Colletotrichum falcatum, como também fortalecem a planta, tornando-a menos vulnerável à doença. 

Neste artigo, compartilhamos informações sobre como os produtos biológicos no controle de doenças da cana abrem espaço para revolucionar o manejo de doenças como a podridão-vermelha e por que eles são fundamentais, no cenário atual, para um canavial mais produtivo e sustentável.

O avanço do manejo biológico na cultura da cana

O uso de biológicos no setor sucroenergético já é uma realidade consolidada no controle de pragas, como a broca-da-cana e a cigarrinha-das-raízes. Agora, essa abordagem se expande para o manejo de doenças, apresentando um diferencial estratégico para os produtores​.

A experiência bem-sucedida com parasitoides como Cotesia flavipes no controle da broca-da-cana demonstra que o setor sucroalcooleiro já está familiarizado com o manejo biológico. No entanto, a adoção dessa estratégia no controle de doenças ainda está em expansão, e a podridão-vermelha é uma das que mais se beneficiam dessa abordagem.

Os principais motivos para essa maior adoção de estratégias integradas de manejo, associando químicos e biológicos, incluem:

  • necessidade de fortalecer o manejo para reduzir perdas;
  • resistência crescente de patógenos a fungicidas convencionais;
  • importância de promover a resiliência e o equilíbrio natural da lavoura, pensando em eficiência, produtividade e rentabilidade a longo prazo.

A grande aceitação do biocontrole na canavicultura mostra que o setor está pronto para adotar novas tecnologias, consolidando o uso de biológicos como um dos pilares da proteção da lavoura.

Podridão-vermelha: a doença que consome o açúcar antes da colheita

A podridão-vermelha é um dos maiores desafios fitossanitários da cana-de-açúcar porque ataca justamente o que torna a cultura valiosa: sua capacidade de acumular açúcar nos colmos. O Colletotrichum falcatum utiliza a sacarose da planta para se multiplicar, degradando os tecidos internos e desencadeando manchas avermelhadas no colmo – um sinal tardio de que a doença já está causando prejuízos às plantas.

Estimativas indicam que áreas fortemente afetadas podem sofrer perdas de até 75% na recuperação de açúcar. Além disso, colmos infectados favorecem o desenvolvimento de microrganismos secundários, acelerando a deterioração da matéria-prima e reduzindo a qualidade do caldo extraído para produção de etanol e açúcar.

Outro fator que agrava o problema é a dificuldade de diagnóstico precoce. Muitas vezes, os sintomas só são identificados quando os colmos já apresentam apodrecimento interno avançado. Isso torna essencial a adoção de estratégias preventivas e integradas, combinando resistência genética, manejo químico e o uso de biológicos para frear a disseminação do patógeno​.

O papel dos Bacillus no controle de doenças na cana, como a podridão-vermelha

A chegada ao mercado dos produtos biológicos no controle de doenças na cana abriu um novo horizonte no combate a ameaças como a podridão-vermelha. 

Entre as opções disponíveis, os Bacillus se destacam como uma das ferramentas mais eficazes. Esses microrganismos benéficos atuam de maneira multifacetada, promovendo não só o controle do fungo, mas também estimulando o vigor da planta.

1. Ação antifúngica direta

Os Bacillus produzem metabólitos, como surfactinas, fengicinas e iturinas, que degradam a parede celular do Colletotrichum falcatum e impedem seu crescimento.

2. Competição por espaço e nutrientes

Ao colonizar a rizosfera e os tecidos da planta antes do patógeno, os Bacillus reduzem drasticamente as chances de infecção. Isso cria uma barreira biológica natural contra o fungo.

3. Indução da resistência sistêmica da planta

Além do efeito antifúngico direto, os Bacillus também estimulam os mecanismos de defesa da cana, tornando-a mais resistente a infecções futuras​.

Dessa forma, os benefícios do uso de produtos biológicos no controle de doenças na cana vão além do controle de doenças importantes, como a podridão-vermelha, e também ajudam a criar um canavial mais equilibrado, resiliente e produtivo.

Reverb®: o parceiro biológico contra doenças da cana, como a podridão-vermelha

Entre as soluções disponíveis para os canavicultores, REVERB®, tecnologia da Syngenta Biologicals, se destaca como um dos produtos mais avançados para o controle de doenças, como a podridão-vermelha na cana-de-açúcar.

Formulado à base de Bacillus subtilis, Bacillus velezensis e Bacillus pumilus, Reverb® oferece uma solução completa para o manejo integrado da doença, com benefícios que vão além do controle fitopatológico.

  • Alta eficácia na supressão do Colletotrichum falcatum
  • Aprimoramento da sanidade e do vigor da lavoura
  • Compatibilidade com fungicidas químicos
  • Formulação estável, de fácil aplicação e alta eficiência no campo

REVERB® foi desenvolvido para se integrar perfeitamente ao manejo convencional da cana, potencializando os resultados e proporcionando maior eficiência no controle da podridão-vermelha.

Com o uso de produtos biológicos no controle de doenças da cana, os produtores podem transformar sua estratégia de proteção fitossanitária, combinando inovação, sustentabilidade e eficiência para lavouras mais protegidas, resilientes e que ultrapassam seus limites de produtividade. 

reverb

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