Problemas climáticos no Vietnã, a volatilidade financeira, a incerteza no abastecimento e as condições econômicas globais contribuem para o aumento dos preços dos café

Nas últimas semanas, o mercado do café robusta atingiu o preço mais elevado em 16 anos. Essa alta é atribuída principalmente à crise climática no Vietnã, que é um dos principais produtores de café robusta do mundo. “A seca durante o período de floração está resultando na falta de chuvas para esse estágio do cultivo. Isso coloca em risco o potencial da próxima safra do Vietnã, que já enfrentou um ano de produção frustrada e oferta apertada. Além disso, questões logísticas, como as relacionadas ao Mar Vermelho”, disse Gil Barabach, analista de Safras e Mercado.

Além disso, a incerteza no abastecimento e as condições econômicas globais contribuem para esse aumento dos preços. “O mercado está devolvendo um pouco hoje, mas ainda sustenta grande parte dos ganhos. Internamente, além do aumento em Nova York, também observamos uma valorização do dólar. Ambos os fatores estão influenciando os preços, e tanto o Arábica quanto o Conilon estão registrando aumentos”, explicou o analista.

Com essa alta, os produtores estão participando mais do mercado e aproveitando as oportunidades de negociação. Segundo Gil, observa-se uma maior atividade de vendas das sacas de café, especialmente para a próxima safra. “Anteriormente mais devagar e cautelosos, agora os produtores estão aproveitando o bom momento econômico e assumindo posições tanto para a safra 2024 como para a safra 2025”, afirma.

A expectativa no cenário global é observar as informações sobre o clima e a chegada da safra do café. “No Vietnã existe a possibilidade da chegada das chuvas que podem minimizar os impactos em relação à próxima safra. No Brasil, há sinais de que a safra de conilon possa ficar abaixo das expectativas iniciais, resultando em uma maior oferta de café arábica. Na Indonésia, também se espera que o café comece a aparecer, embora possa haver um pequeno atraso devido ao excesso de chuvas e à maturação mais lenta da safra”, disse Gil Barabach.


A partir de maio, é esperado um aumento na oferta de café no mercado. “É possível que vejamos uma correção de preços devido à pressão resultante da chegada da safra brasileira. Esse é o panorama atual, e os produtores estão aproveitando a oportunidade para enfrentar a safra com mais tranquilidade”, finalizou o analista.

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