A colheita do café avança na região Norte do Brasil e, em especial, no município de Cacoal, em Rondônia, o cenário traz uma combinação de boas perspectivas de qualidade porém também dos impactos de um clima adverso enfrentado no ciclo anterior. Nesse contexto, quem traz um panorama direto da lavoura é o cafeicultor Juan Travain, presidente da Associação de Cafeicultores de Cacoal (Caferon), que compartilhou detalhes sobre o ritmo da safra, os desafios enfrentados bem como o papel da tecnologia no campo.

Colheita levemente atrasada na região

Segundo Travain, até o momento, cerca de apenas 40% da colheita foi realizada na região, com destaque especialmente para as lavouras de menor porte, que tendem a ser colhidas primeiro. Por outro lado, os produtores com áreas maiores e maior capacidade de investimento estão aguardando a maturação ideal dos grãos, um processo que, neste ano, está mais lento. “A maturação está sendo mais tardia, o que exige paciência para quem quer colher no ponto certo e garantir qualidade”, afirma.

Produtor Syngenta, Juan Travain mostrando lavoura de Rondônia
Produtor mostra surpreendente da safra com boa produtividade

Qualidade em alta, apesar da florada comprometida

Os grãos colhidos até o momento na região, apresentam boa qualidade e rendimento satisfatório, reflexo das chuvas bem distribuídas. No entanto, produtores que anteciparam a colheita registraram baixo rendimento por causa da colheita de frutos ainda verdes.

“A florada de 2024 foi afetada por altas temperaturas, o que intensificou o abortamento dos frutos”, explica Travain. Mesmo assim, os frutos que se desenvolveram apresentam excelente enchimento, contrariando relatos de outras regiões brasileiras, onde os grãos têm vindo mais leves.

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Produção deve se manter estável

A expectativa para Rondônia é colher entre 2,6 a 3 milhões de sacas, número semelhante ao do ano passado. Não há uma previsão de crescimento expressivo, mas a estabilidade em meio às adversidades já é um indicativo de resiliência por parte dos produtores da região. Se a colheita tem caminhado bem, o mesmo não se pode dizer do início do ciclo. “O principal desafio da safra foram as altas temperaturas e a seca durante a florada”, relata Travain. 

Alta produtividade da lavoura chama atenção na propriedade de Juan 

Esse período crítico comprometeu a formação inicial dos frutos e exigiu atenção redobrada nos tratos culturais.

Cochonilha, broca e fusariose no radar

As pragas seguem sendo um desafio recorrente para quem busca colher no ponto certo. “Cochonilha e broca continuam entre as principais preocupações, especialmente para quem quer manter a qualidade dos grãos”, destaca o produtor. Além disso, Travian observou um aumento nos casos de fusariose, doença que afeta o sistema radicular da planta.

Parceiro da Syngenta há oito anos, ele afirma, com convicção, que vê na tecnologia um pilar fundamental para o avanço da cafeicultura robusta. De acordo com ele, “o aporte tecnológico é essencial não apenas para superar os desafios climáticos, mas também para manter a produtividade e, além disso, equilibrar as demandas ambientais”, ressalta.

Produtor de Rondônia exibe cafés colhidos na safra 2025
A produção de Juan, é um exemplo dos cafés produzidos em solo amazônico com ampla tecnologia e de modo sustentável

Ele destaca que os manejos eficientes só se tornam viáveis com o uso de ferramentas que antecipam possíveis problemas e garantem a proteção da lavoura em momentos decisivos. Dessa forma, ele faz uso praticamente de todo o portfólio da Syngenta em sua propriedade, o que demonstra sua confiança na tecnologia e o compromisso com a produtividade sustentável.

O Giro da Safra segue acompanhando as principais regiões produtoras do país, trazendo um retrato real do campo em tempo de colheita. Em Rondônia, o café robusta mostra força diante dos desafios climáticos, e os produtores seguem firmes na busca por qualidade e sustentabilidade.

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